Candidatos 2025 eleições

CANDIDATOS PARA VICE PRESIDÊNCIA

Rubia R. Valente Victoria Saramago
Baruch College, Professora Associada
Assuntos Públicos
Universidade da Cidade de Nova York
Professora Associada
Literatura Brasileira
Universidade de Chicago

É uma honra submeter minha candidatura à vice-presidência da Associação de Estudos Brasileiros (BRASA). Desde que me juntei à associação em 2016, tenho atuado no Comitê Executivo, bem como nos Comitês de Programação, Prêmio de Melhor Artigo e Bolsa de Iniciação ao Brasil. Essas experiências me mostraram o papel vital que a BRASA desempenha no avanço dos Estudos Brasileiros e na promoção de conexões entre acadêmicos e instituições. Estou ansiosa para ajudar a guiar a associação em seu próximo capítulo, com foco na expansão de seu alcance, inclusão e impacto.
Minha trajetória nos Estudos Brasileiros é profundamente pessoal. Imigrei do Brasil para os EUA em 2000 e, embora tenha construído minha carreira acadêmica nos EUA, permaneci intimamente ligada ao Brasil — falando português em casa, viajando com frequência e fundamentando minha pesquisa em questões sociais brasileiras. Minha tese de doutorado examinou o acesso de estudantes negros e pardos a universidades públicas no Brasil e seu desempenho em exames de admissão — uma questão que me toca profundamente como estudante universitária de primeira geração. Desde então, minha pesquisa tem se concentrado no Brasil e na América Latina, abordando questões de desigualdade, raça e qualidade de vida.
Como vice-presidente, minha liderança será guiada por três prioridades:
1. Fortalecer o apoio aos membros — especialmente estudantes, professores em início de carreira e pesquisadores em instituições voltadas para minorias;
2. Expandir as conexões internacionais — construindo parcerias mais sólidas com centros de Estudos Brasileiros internacionalmente;
3. Aprofundar o engajamento da BRASA além da academia — garantindo que nossa produção acadêmica contribua para os debates públicos e alcance comunidades mais amplas.
A vitalidade da BRASA depende da participação ativa de pesquisadores de diversas origens e estágios de carreira. Para tanto, trabalharei para expandir as redes de mentoria, criar workshops e desenvolver programas virtuais que tornem os Estudos Brasileiros mais acessíveis, particularmente para estudantes de pós-graduação e professores em início de carreira nos EUA e no Brasil. Também priorizarei iniciativas que reduzam as barreiras à participação — como bolsas de viagem e formatos híbridos de conferências — para que pesquisadores do Brasil, da América Latina e de outros lugares possam se engajar plenamente, independentemente de seus recursos financeiros. Fortalecerei os laços com os programas de estudos brasileiros em universidades americanas, ao mesmo tempo que incentivarei a colaboração com institutos na Europa e na América Latina. Igualmente importante, quero conectar acadêmicos no Brasil com colegas no exterior para fomentar publicações conjuntas em periódicos de língua inglesa e ampliar a visibilidade de seus trabalhos.
Acredito também que a BRASA deve continuar a conectar a academia e a vida pública. Como membro do Escritório Brasil em Washington e da Rede Americana para a Democracia no Brasil, tenho trabalhado para conectar a expertise acadêmica ao discurso público. Como vice-presidente, incentivarei os membros a compartilhar seus trabalhos por meio de artigos de opinião, palestras públicas e notas informativas, e buscarei parcerias com organizações da sociedade civil e instituições culturais para ampliar a visibilidade das pesquisas de nossa comunidade.
Imagino uma BRASA que reflita toda a diversidade do Brasil e de suas diásporas, conectando acadêmicos além-fronteiras e defendendo os valores que sustentam a vida intelectual. Meu estilo de liderança é colaborativo e inclusivo: acredito que a força da BRASA reside em seus membros e estou comprometida em ouvir, amplificar vozes e trabalhar em conjunto para alcançar nossos objetivos comuns. Com o seu apoio, espero conduzir a BRASA a um novo capítulo de crescimento, resiliência e impacto global.

Sou Professora Associada de Literatura Brasileira na Universidade de Chicago, onde leciono há mais de uma década. Possuo doutorado pela Universidade de Stanford e mestrado e bacharelado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Minha pesquisa concentra-se nas humanidades ambientais na América Latina, com ênfase no Brasil. Tenho grande interesse nas maneiras pelas quais romances e outros objetos culturais interagem com as percepções coletivas da mudança ambiental. Mais recentemente, tenho trabalhado com humanidades da energia, e meu projeto de pesquisa atual examina como a eletricidade afetou a produção cultural brasileira ao longo do último século.
Embora fundamentada em estudos literários e culturais, minha pesquisa tem um forte componente interdisciplinar, particularmente em diálogo com a história ambiental. Como membro fundadora do Comitê de Meio Ambiente, Geografia e Urbanização da Universidade de Chicago e atual Diretora de Estudos de Doutorado, trabalho nas divisões de Artes e Humanidades e Ciências Sociais do campus. Da mesma forma, minha prática docente incorpora meu compromisso em pensar o Brasil a partir de uma perspectiva diversa e interdisciplinar, por meio de cursos como história cultural da Amazônia ou panorama da literatura afro-brasileira. Meu envolvimento com a Associação de Estudos Brasileiros (BRASA) começou quando, como estudante de pós-graduação, organizei um painel para sua conferência bienal. Desde então, atuei como membro do Comitê Executivo e participei de diversos comitês e iniciativas, incluindo o comitê de seleção do Prêmio Roberto Reis. Valorizo ​​a estrutura democrática da BRASA, seus esforços para fomentar pesquisas de ponta e seu profundo compromisso em acolher uma gama diversificada de estudantes e pesquisadores do Brasil, dos Estados Unidos e de outros países. Se eleita, darei continuidade e ampliarei as oportunidades de colaboração transnacional e o apoio a pesquisadores radicados no Brasil.
Em tempos de crescente autoritarismo, quando noções básicas como liberdade acadêmica e liberdade de expressão estão sendo questionadas e redefinidas, estou particularmente comprometida em afirmar o papel da BRASA como um espaço inclusivo onde a liberdade acadêmica e pedagógica são defendidas como condições fundamentais para nossa missão como educadores e pesquisadores, e onde uma multiplicidade de pontos de vista, muitas vezes divergentes, é aceita e respeitada. Também estou profundamente comprometida em apoiar oportunidades para estudantes de pós-graduação. A pós-graduação é um pilar do sistema universitário e da educação em geral, mas tanto o Brasil quanto os Estados Unidos enfrentaram e continuam a enfrentar cortes orçamentários que enfraquecem sua posição. Estou profundamente comprometido em apoiar a pós-graduação em Estudos Brasileiros por meio de auxílios para participação em conferências, prêmios para dissertações e outras oportunidades.
O papel fundamental da Brasa na promoção dos estudos brasileiros em um contexto transnacional permanece tão relevante quanto sempre. Concentrar-me e fortalecer os objetivos centrais da associação é, na minha opinião, a melhor maneira de reafirmar o lugar e a importância da nossa área nestes tempos desafiadores. Esta será a minha prioridade como Vice-Presidente e Presidente da associação.
Brasa’s key role in promoting Brazilian studies within a transnational framework remains as relevant as ever. Focusing on and strengthening the core goals of the association is, in my opinion, the best way to reaffirm the place and importance of our field in these challenging times. This will be my priority as Vice President and President of the association.

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CANDIDATOS PARA O COMITÊ EXECUTIVO

CANDIDATOS PARA 4 VAGAS DISPONÍVEIS, ACADÊMICOS RESIDENTES NOS EUA:

Angela Rodriguez Mooney
Professora Assistente

Universidade Texas Woman’s
PhD em Espanhol e Português

Escrevo esta carta para me candidatar a um mandato de quatro anos no Comitê Executivo da Associação de Estudos Brasileiros (BRASA), com início em julho de 2026 e término em 2030.
Desde que concluí meu doutorado em Espanhol e Português na Universidade de Tulane em 2020, tenho participado ativamente da comunidade acadêmica, apresentando trabalhos e participando regularmente de importantes conferências e congressos dedicados aos estudos brasileiros. Agora, ao iniciar meu terceiro ano como Professora Assistente no Departamento de Língua, Cultura e Estudos de Gênero da Texas Woman’s University, acredito que trago a experiência, a perspectiva e a dedicação necessárias para contribuir significativamente com a BRASA.
A BRASA desempenha um papel crucial na promoção e disseminação de conhecimento sobre o Brasil, ampliando a relevância global da produção cultural e intelectual brasileira. A organização oferece uma plataforma vital para o diálogo interdisciplinar, fomentando a troca de ideias que enriquecem nossa área e garantindo que diversas perspectivas sejam representadas. Para mim, participar do Comitê Executivo não é apenas uma forma de retribuir à comunidade que apoiou meu crescimento, mas também uma oportunidade de fortalecer a visibilidade e o impacto dos estudos brasileiros no Texas e em todo o sul dos EUA, regiões onde esse trabalho é especialmente necessário.
Como refletido em meu currículo, trago para esta função tanto um extenso envolvimento acadêmico com o Brasil quanto um sólido histórico de serviços prestados. Participei de vários comitês, revisei artigos para diversos periódicos acadêmicos e cultivei relações de colaboração com colegas de toda a área — conexões construídas não apenas por meio de redes profissionais, mas também por meio de genuína troca intelectual e solidariedade pessoal. Minha pesquisa se concentra nas produções culturais do Brasil, com foco particular em como raça, gênero, sexualidade e classe social são representados.
Seria uma honra contribuir com minha experiência, meu comprometimento e minha perspectiva regional para a missão da BRASA, e estou ansioso pela oportunidade de servir no Comitê Executivo.

Ben Cowan
Professor de História
Universidade da California, San Diego


Ben Cowan é Professor Titular de História na Universidade de Califórnia em San Diego (UCSD). Recebeu seu bacharelado da Harvard University e fez doutorado na UCLA. Escreveu várias obras sobre radicalismo de direita, moralidade, sexualidade e autoritarismo no Brasil, focalizando-se na história cultural e de gênero no período pós-1964. Produziu dois livros premiados sobre estes temas: Securing Sex: Morality and Repression in the Making of Cold War Brazil (2016) e Moral Majorities Across the Americas: Brazil, the United States, and the Creation of the Religious Right (2021). Os livros ganharam um total de cinco grandes prêmios de livro, inclusive o Roberto Reis Prize para Moral Majorities (2022). Atualmente, Ben está pesquisando para um terceiro projeto: um livro sobre histórias do montanhismo e excursionismo “desde o Sul”, desvelando o papel imprescindível do Brasil em definir e desafiar narrativas hegemônicas de esporte, espaço, terra, geografia e recriação. 
Ben faz questão de promover a interdisciplinaridade como aspecto primário da missão e modus operandi da BRASA. Como membro, ele defende a visibilidade do Brasil e de estudos brasileiros, especialmente no que diz respeito aos estudos sobre gênero, sexualidade, mulheres, negritude e outros fatores de marginalização e exclusão. No Comitê Executivo, Ben se comprometeria com a tarefa de aumentar os diálogos interdisciplinares sobre os temas críticos do nosso momento, particularmente o surgimento do fascismo, do extremismo de direita e a crise transnacional da democracia. 

Benjamin Junge
Professor e Chefe do Departamento
de Anthropologia
Universidade Estadual de New York, New Platz

Benjamin Junge é doutor em Antropologia pela Emory University e atualmente atua como Professor Titular e Chefe do Departamento de Antropologia da State University of New York em New Paltz. Sua pesquisa enfoca identificação de classe, política familiar e subjetividade política, com base em trabalho etnográfico de longo prazo em Porto Alegre e Recife. Atualmente, é Senior Fellow do Mecila (CEBRAP/USP) e já foi contemplado com uma bolsa Fulbright U.S. Scholar (UFPE) e uma bolsa do Wilson Center (Brazil Institute). Ben participa regularmente da BRASA desde 2008, atuando como apresentador, organizador de painéis e debatedor. Também já integrou o Conselho Executivo da Seção Brasil da LASA.
Entre suas publicações recentes (em coautoria e coorganização) destacam-se: “‘Fora da Cidade’: Middle-Classness and Geographies of Exclusion for Brazil’s Once-Rising Poor” (J Anthropological Research, 2025); “What Happened to the ‘New Middle Class’?” (Latin American Research Review, 2022); e Democracia Precária: Etnografias de Esperança, Desespero e Resistência no Brasil (Editora Zouk, 2022).
Se eleito, Ben pretende se dedicar a três frentes principais: (1) Apoiar o ensino sobre o Brasil fora do Brasil. Em 2024, conduziu uma pesquisa diagnóstica com docentes e apresentou os resultados na BRASA. Propõe desenvolver um repositório de acesso aberto com planos de aula, vídeos temáticos, leituras selecionadas e um diretório de palestrantes para apoiar práticas pedagógicas inclusivas. (2) Fortalecer parcerias e colaborações. Com ampla experiência em universidades brasileiras, apoiará intercâmbios acadêmicos Sul-Norte e Sul-Sul, especialmente com instituições públicas e fora dos grandes centros. (3) Sustentar uma visão plural e inclusiva dos Estudos Brasileiros. Valoriza a diversidade metodológica e epistemológica do campo e defenderá o acesso multilíngue, mentorias estruturadas e processos democráticos em todas as iniciativas da BRASA.
Ben é comprometido com a equidade, a liberdade acadêmica e o diálogo democrático. Ficaria honrado em contribuir com a BRASA.


David Mittelman
Professor Associado de Português Academia da Força Aérea
dos Estados Unidos 


Sou Professor Associado de Português na Academia da Força Aérea dos Estados Unidos, onde também atuo como coordenador do programa de Português (responsável pelo currículo e instrução). Sou membro da BRASA desde 2016. Meus trabalhos acadêmicos sobre literatura e cinema brasileiros foram publicados em periódicos como Brasil/Brazil, Chasqui, Journal of Lusophone Studies, Romance Quarterly, Transmodernity e outros, e meu primeiro livro, que aborda as manifestações do ceticismo na literatura brasileira, está sob contrato com a SUNY Press. Atualmente, estou desenvolvendo meu próximo projeto de livro, que estuda a estética da recuperação decolonial na produção cultural do Brasil e dos Estados Unidos. Como docente em uma instituição de ensino superior, além de ministrar cursos de literatura e cultura afro-luso-brasileira, leciono cursos de língua portuguesa em todos os níveis do nosso programa.
Como membro do Comitê Executivo da BRASA, tenho particular interesse em iniciativas de defesa para fortalecer nossa comunidade acadêmica e apoiar nossos colegas e alunos diante das crescentes pressões institucionais e políticas. Dada a sua identidade como uma associação interdisciplinar com membros nos EUA, no Brasil e em diversos outros países, acredito que a BRASA tem um papel fundamental na promoção da pesquisa transnacional, na defesa da liberdade acadêmica e na demonstração do valor social e ético das humanidades e ciências sociais. Acima de tudo, como alguém que teve a grande sorte e o privilégio de construir uma carreira nesta área, estou comprometido em dar continuidade ao trabalho que a BRASA vem realizando para apoiar abordagens críticas aos estudos sobre o Brasil e construir uma comunidade acadêmica mais inclusiva. Tendo-me beneficiado enormemente da minha participação na BRASA, estou empenhado em garantir que outros pesquisadores e estudantes desfrutem das mesmas e de maiores oportunidades. 

Giulia Riccò
Professora Assistente de
Línguas e Literaturas Românicas
Universidade do Michigan, Ann Arbor

Giulia Riccò é Professora Assistente de Línguas e Literaturas Românicas na Universidade do Michigan, Ann Arbor. Ela recebeu seu doutorado em Estudos Românicos (Italiano e Português) pela Universidade Duke em 2019, onde começou a desenvolver sua pesquisa sobre as conexões transnacionais entre a Itália e o Brasil. Seu trabalho reúne a literatura e a cultura italiana e brasileira modernas, com foco em nacionalismo, migração e raça. Seu primeiro livro, *The Italian Colony of São Paulo: Race, Class, and Cultural Capital in Brazil* (Fordham University Press, 2025), argumenta que os italianos foram racializados como brancos pela primeira vez em São Paulo, Brasil, na virada do século XX. Ao examinar como teóricos raciais, escritores e a imprensa tradicional brasileira viam os italianos como vetores da branquitude, *The Italian Colony of São Paulo* propõe que o modelo racial brasileiro sirva como ponto de partida para a compreensão de como a raça — especialmente a branquitude — opera na Itália. Ao longo de sua carreira, Giulia tem trabalhado para ampliar a visibilidade das culturas lusófonas no campus e fora dele. Ela atuou no Comitê Consultivo da Iniciativa Brasil do Centro de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos, avaliou bolsas de estudo da FLAS para o estudo da língua portuguesa e elaborou cursos interdisciplinares que destacam o conteúdo brasileiro. Ela acredita que, em um momento em que os programas de línguas enfrentam desafios crescentes, defender o estudo da literatura portuguesa e brasileira é uma obrigação tanto ética quanto moral. Se eleita para o Comitê Executivo da BRASA, Giulia buscará fomentar colaborações interinstitucionais nos moldes do modelo acadêmico da Big Ten para garantir que a literatura portuguesa e brasileira permaneça acessível a estudantes de todo o mundo. Giulia vislumbra a BRASA como um espaço para repensar o lugar do Brasil em uma estrutura transnacional e multilíngue e para demonstrar que, trabalhando coletivamente e de forma criativa, ultrapassando fronteiras linguísticas e regionais, podemos fortalecer nossas disciplinas e afirmar a relevância duradoura das línguas e literaturas modernas no ensino superior.

Jamie Lee Andreson
Professora Assistente de História
Departamento of Humanidades
Universidade Simmons

Sou apaixonada por construir pontes entre o Brasil e os EUA e facilitar conexões internacionais entre acadêmicos, estudantes, escritores, editores e professores, ultrapassando fronteiras nacionais. Através das minhas experiências de estudo na pós-graduação no Brasil, traduções e publicações em inglês e português, meu trabalho visa alcançar públicos diversos e tornar o conhecimento especializado mais acessível ao público em geral. Por meio da construção institucional, projetos de humanidades públicas e da utilização de redes já estabelecidas, espero fomentar espaços de colaboração e produção intelectual que impulsionem a construção de comunidades e a aquisição de conhecimento, transcendendo as diferenças. Com uma abordagem não competitiva que prioriza o crescimento profissional e o desenvolvimento de jovens pesquisadores, trabalharei para que a BRASA seja uma rede de apoio com oportunidades que contribuam para o avanço global dos Estudos Brasileiros em todo o mundo.

John A. Mundell
Professor Assistente Visitante em Estudos Africanos e Afro-Americanos na Universidade de Washington, St. Louis


John A. Mundell, Ph.D. (ele/dele) é Professor Assistente Visitante de Estudos Africanos e Afro-Americanos na Universidade de Washington em St. Louis. Pesquisador interdisciplinar de estudos queer negros e branquitude crítica na América Latina e no mundo luso-atlântico, sua pesquisa examina negritude, gênero e sexualidade na literatura e na cultura popular a partir de uma abordagem interdisciplinar, com foco em narrativas de miscigenação e intercâmbio diaspórico negro em projetos de construção nacional. Seu livro, em processo de avaliação pela University of California Press, intitulado “Longing for a Racial Democracy: Interracial Intimacies and Popular Culture in Brazil” (Anseio por uma Democracia Racial: Intimidades Interraciais e Cultura Popular no Brasil), recentra sexo e desejo no mito da democracia racial brasileira por meio da literatura, música, performance, cinema, televisão e mídias digitais. Seus trabalhos publicados e em vias de publicação aparecem em periódicos como Luso-Brazilian Review, Latin American & Caribbean Ethnic Studies, Latin American Research Review e Palimpsest. Ele trabalha como tradutor de literatura negra e estudos negros entre português, espanhol e inglês, e sua tradução para o inglês do romance de Mayra Santos-Febres, Fé Disfarçada (Fe en disfraz), será publicada na primavera de 2026 pela Vanderbilt University Press, com outras traduções em andamento. Ele cofundou e dirige o grupo de trabalho Negritude na América Latina e no Caribe, que serve como um centro de escrita e co-mentoria para jovens pesquisadores que trabalham na interseção de Estudos Negros e Estudos Latino-Americanos, Caribenhos e Latinx; e é membro central dos grupos de trabalho Saudade: Rumo a uma Genealogia Luso-Afro-Brasileira da Saudade e Furacão Raça e Estudos Brasileiros. A BRASA tem sido fundamental para o crescimento profissional e pessoal de John, proporcionando redes de contatos e mentoria que moldaram sua carreira. Servir no Conselho Executivo seria uma oportunidade de contribuir com liderança, serviço e aprendizado em gratidão pelo que a BRASA lhe proporcionou. Sua experiência recente com a Associação para o Estudo da Diáspora Africana Mundial (ASWAD) o preparou para esta função: como membro dos comitês de organização da conferência e da organização local da conferência bienal de St. Louis de 2025, ele revisou propostas em vários idiomas, organizou painéis, redigiu cartas-convite para acadêmicos internacionais que buscavam vistos para os EUA e se comunicou diretamente com os candidatos. Ele também construiu parcerias com museus, empresas de propriedade de pessoas negras, restaurantes, artistas e redes de ativistas para integrar a conferência às comunidades locais, enquanto atuava como tradutor oficial de espanhol e português da ASWAD. Por meio desse trabalho, John aprimorou habilidades em planejamento de conferências, comunicação multilíngue e engajamento comunitário, que ele está ansioso para trazer para a BRASA a fim de fomentar a pesquisa, a colaboração e a comunidade no Brasil, nas Américas e em outros lugares.

Leonora Souza Paula
Professora Assistente,
Estudos Literários e Latino-Americanos
Universidade Estadual do Michigan

Como Professora Assistente na Universidade Estadual do Michigan, sou especializada em Estudos Literários e Estudos Latino-Americanos, com foco nas interseções de raça, gênero, cultura urbana e memória na cultura afro-brasileira e afro-diaspórica contemporânea. Minha pesquisa atual examina o papel da imaginação espacial feminista negra na reivindicação da literatura e da cultura como recuperação patrimonial e reparação epistêmica. Este trabalho fundamenta meu compromisso mais amplo com o arquivamento digital, o engajamento comunitário e a defesa transnacional.
Cofundei o AfroFutures Now Digital Archive, uma plataforma multilíngue que reúne histórias intelectuais de mulheres negras e foi destaque no Fórum Permanente da ONU sobre Afrodescendentes em 2025. Meu engajamento global inclui participação a convite em fóruns de alto nível das Nações Unidas, incluindo a Cúpula do Futuro e várias sessões do Fórum Permanente. Minha produção acadêmica alcançou públicos internacionais por meio do GWL Voices, Geledés e do Escritório Washington Brasil, amplificando perspectivas feministas afro-brasileiras em diálogos políticos globais.
Meu trabalho foi reconhecido com a Bolsa ACLS, a Bolsa Vital Voices Visionaries e vários prêmios institucionais de excelência em diversidade, equidade e engajamento comunitário, incluindo o Prêmio de Excelência em DEI da Michigan State University e o Prêmio Inspiração do Centro de Gênero no Contexto Global.
Publiquei extensivamente em periódicos revisados ​​por pares e coletâneas, e organizo ativamente painéis e conferências que destacam metodologias decoloniais e o pensamento feminista afro-brasileiro. Como membro da BRASA, estou comprometida em promover pesquisas inclusivas e engajadas com a comunidade e em apoiar pesquisadores emergentes. Seria uma honra contribuir para a missão da BRASA, amplificando vozes historicamente marginalizadas e cultivando o diálogo global.

Lígia Bezerra
Professora Associada de Português Universidade Estadual do Arizona

Nasci em Várzea Alegre, Ceará, Brasil, e me mudei para os Estados Unidos em 2006, onde concluí o mestrado em Português na Universidade do Novo México e o doutorado em Português com ênfase em Estudos Culturais na Universidade de Indiana. Também possuo mestrado em Linguística pela Universidade Federal do Ceará. Lecionei Língua Portuguesa e Inglesa e Linguística no Brasil e lecionei Língua Portuguesa e Espanhola, Literatura e Cultura Lusófona e Literatura e Cultura Latino-Americana nos Estados Unidos. Meus interesses de pesquisa incluem consumo, vida cotidiana, neoliberalismo e democracia. Publiquei artigos em periódicos como Chasqui, Journal of Lusophone Studies, Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Luso-Brazilian Review e Cultural Studies. Meu livro, *Everyday Consumption in Twenty-First-Century Brazilian Fiction* (Purdue University Press, 2022), é o primeiro estudo aprofundado a mapear a representação do consumo na prosa brasileira contemporânea, destacando como nossas interações com as mercadorias conectam áreas aparentemente desconexas da vida cotidiana, como hábitos alimentares, o crescimento da teologia da prosperidade e ideias de sucesso e fracasso. Estou escrevendo um segundo livro, que se concentra em como a música popular brasileira articula a resistência às forças antidemocráticas no século XXI. Por meio de minha pesquisa, comecei a participar das conferências da BRASA quando era estudante de pós-graduação e sou grata por todas as oportunidades que a conferência da associação me proporcionou ao longo da minha carreira. Como membro do comitê executivo da BRASA, seria uma honra contribuir para a missão da associação, ajudando a construir comunidade e a continuar abrindo portas para as futuras gerações de pesquisadores na área de Estudos Brasileiros.

Tassiana Moura de Oliveira
Professora Assistente Visitante de Ciência Política
SUNY, Albany

Sou Professora Assistente Visitante de Direito Público na Universidade de Albany (SUNY), onde minha pesquisa se concentra em como os tribunais moldam as políticas sociais no Brasil. Minha trajetória acadêmica foi toda baseada no Brasil e profundamente conectada a questões de desigualdade, democracia e representatividade. Meu primeiro contato com a BRASA foi durante a edição de San Diego, período que coincidiu com minha mudança para os Estados Unidos. Desde então, a BRASA tem representado para mim uma ponte crucial entre acadêmicos no Brasil e aqueles que estudam o Brasil no exterior.
Como acadêmica brasileira vivendo e trabalhando nos Estados Unidos, tenho plena consciência dos desafios enfrentados por brasileiros que buscam ingressar no meio acadêmico americano, especialmente aqueles de regiões e origens raciais sub-representadas. Desde 2021, participo do projeto Negritude no PhD, que oferece mentoria a estudantes afro-brasileiros na preparação de candidaturas para programas de doutorado nos Estados Unidos. Essa iniciativa reflete meu compromisso mais amplo em tornar os espaços acadêmicos mais inclusivos e acessíveis a acadêmicos brasileiros de todas as origens.
Também sou uma das Diretoras do Coletivo Kilomba, uma rede de quase mil mulheres negras brasileiras que vivem nos EUA e no Canadá. Por meio desse trabalho, ajudei a fomentar a colaboração, o apoio mútuo e a visibilidade das mulheres brasileiras em diversas disciplinas e regiões.
Como mulher negra de Recife, no Nordeste do Brasil, trago perspectivas e experiências que permanecem sub-representadas em muitos espaços acadêmicos e institucionais. Servir no Comitê Executivo da BRASA me permitiria contribuir para a missão de inclusão da organização, garantindo que vozes como a minha, fora dos circuitos tradicionais de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, sejam ouvidas e representadas no futuro dos estudos brasileiros. Também ficaria muito feliz em ajudar a planejar os próximos eventos da BRASA, sempre buscando maneiras criativas de trazer mais brasileiros para a linha de frente das discussões sobre o Brasil.

Luca Bacchini
Professor Associado de Português e Literature Brasileira em Sapienza
Universidade de Rome

Luca Bacchini é Professor Associado de Literatura Portuguesa e Brasileira na Sapienza, Universidade de Roma (Itália). É cofundador e codiretor do laboratório de humanidades ambientais “EcoLogosLab” (Sapienza/Universidade Stanford) e membro do “Projeto República: núcleo de pesquisa, documentação e memória” (Universidade Federal de Minas Gerais). Desde 2023, é membro do comitê executivo da Associação de Brazilianistas na Europa (ABRE), atuando como Diretor Executivo de atividades organizacionais.
Antes de chegar à Sapienza, lecionou e conduziu pesquisas na área de estudos brasileiros na Europa e nos Estados Unidos: Professor Assistente na Universidade de Bolonha (Itália), Pesquisador do programa “Brazil Initiative” na Universidade de Wisconsin-Madison e Professor Visitante na Universidade Stanford. Entre suas publicações mais recentes estão as antologias Maestro Soberano. Ensaios sobre Tom Jobim (Ufmg, 2017) e Literature Beyond the Human. Brasil Pós-Antropocêntrico (com Victoria Saramago; Routledge, 2023). Atualmente, está concluindo um livro sobre o exílio de Chico Buarque de Hollanda na Itália e trabalhando na edição italiana das obras literárias de Patrícia Galvão.
Ele participou pela primeira vez de uma conferência da BRASA em 2012 e, desde então, a associação tem sido um ponto de referência constante em sua carreira, proporcionando-lhe inspiração científica, uma rede de contatos e grandes amigos. Se for eleito para o comitê executivo da BRASA, seu objetivo será contribuir, sobretudo, para o fortalecimento das relações acadêmicas e culturais com a Europa e sua comunidade de brasilianistas.

Naomi Wood
Professora Titular de Português
Faculdade do Colorado

Sou a fundadora do programa de língua portuguesa no Colorado College (CC), tenho mais de dez anos de experiência liderando viagens de estudo para Salvador, Bahia, e um perfil de pesquisa focado em artistas visuais e performáticos LGBTQ (bixa, sapatão, travesti). Ao longo dos meus quinze anos no CC, tenho sido embaixadora no meu campus na minha subárea de conferências na NWSA para Estudos Brasileiros. E, em particular, sou uma forte defensora da compreensão dos regionalismos, do racismo e da produção cultural da região Nordeste para ajudar a diversificar a compreensão mais ampla do Brasil, tal como apresentado na mídia popular. Este foi um tema subjacente no meu livro editado, “Brazil in Twenty-First Century Popular Media: Culture, Politics, and Nationalism on the World Stage” (Brasil na Mídia Popular do Século XXI: Cultura, Política e Nacionalismo no Palco Mundial).
Obtive o título de Professora Titular na minha instituição, completei um mandato de cinco anos como presidente, fundei e administrei o programa local de Artes Móveis em Colorado Springs, CO, e tenho experiências profissionais valiosas para contribuir com a comunidade de membros do comitê executivo. Neste momento da minha carreira, quero participar do Comitê Executivo e aprender com outros estudiosos de Estudos Brasileiros que trabalham para tornar a BRASA um espaço inclusivo e para manter o rigor acadêmico desta associação. Sou membro da BRASA desde o início da minha trajetória acadêmica e profissional e sou grato pela conferência, pela comunidade em geral e pelos membros do comitê que tornaram esses espaços possíveis.

Rafael Loris
Professor de História e Polîtica na América Latina e do Brasil
Universidade de Denver

Escrevo para propor meu nome como membro do Comitê Executivo da BRASA. Sou Professor de História e Política da América Latina e do Brasil na Universidade de Denver, e meu trabalho abrange múltiplos aspectos da trajetória histórica desafiadora e fascinante desse país. Minha pesquisa se concentra principalmente nos debates e nos projetos nacionais e internacionais de promoção do desenvolvimento conduzidos pelas elites políticas, intelectuais e culturais brasileiras na segunda metade do século XX. E, como brasilianista originário do Brasil, considero-me em uma posição privilegiada para refletir sobre essas questões a partir de uma perspectiva comparativa e crítica.
Desde que tomei conhecimento da existência desta importante e ativa organização, tenho me mantido interessado em sua missão especial. Em minha opinião, a BRASA provou ser um espaço para acadêmicos do Brasil (e de outros países) trocarem conhecimentos e experiências, oferecerem mentoria a jovens profissionais e estudantes e se apoiarem mutuamente, especialmente em momentos de grande necessidade; em suma, fomentando uma comunidade vibrante e singularmente valiosa de acadêmicos, agora reconhecida nos EUA, no Brasil e em outros países.
Em um momento em que o trabalho acadêmico, e até mesmo as liberdades acadêmicas, enfrentam novos desafios no Brasil e nos Estados Unidos, o trabalho da BRASA torna-se ainda mais necessário e merecedor de apoio. Ao longo dos anos, tenho me esforçado ao máximo para apoiar os muitos e valiosos esforços da BRASA. Agora, encontro-me em uma posição que me permite envolver-me mais com a Associação, se possível como membro do Comitê Executivo.

CANDIDATOS PARA 2 VAGAS DISPONÍVEIS, ACADÊMICOS RESIDENTES NO BRASIL:

Antonio Rediver Guizzo
Professor Associado
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Area of Letras/Literatura/Literary Studies

Sou Antonio Rediver Guizzo, doutor em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2014), pós-doutorando pela Universidad de Buenos Aireis e professor associado da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Sou Líder do grupo de pesquisa Imaginários Latino-Americanos (ILA), que objetiva articular investigações voltadas à compreensão dos imaginários manifestos nas artes latino-americanas e Bolsista de Produtividade CNPq – PQ-2 pelo projeto “Entre bicos, aplicativos e coaches representações do mundo do trabalho contemporâneo na literatura latino-americana (recorte: Brasil/Argentina)”. Também fui coordenador do Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada de 2016 a 2020 e Coordenador-geral da EDUNILA – Editora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana – de 2021 a 2023. Também sou membro do Comitê Assessor de Área (CAA) da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná.
Atuo no Ensino Superior desde 2010, e tenho experiência tanto na pesquisa, com diferentes projetos financiados ao longo do tempo, quanto na gestão acadêmica de cursos, coordenação de eventos internacionais e editoria. Minha candidatura ao Comitê Executivo da BRASA tem como intenção central contribuir para a promoção dos estudos sobre o Brasil, atividade que já realizado através da participação em congressos e estabelecimento de convênios com outras instituições. Além disso, minha pesquisa tem caráter eminentemente interdisciplinar, atravessando diferentes área das Ciências Humanas e Sociais, bem como a instituição em que atuo tem vocação para a promoção de estudos e projetos de cooperação internacional, sobretudo entre países latino-americanos ou centro de estudos que se voltem a temáticas da América Latina.
Neste sentido, acredito que posso contribuir para o planejamento e realização de congressos e outras atividades da BRASA, pois além da experiência na realização e coordenação de eventos e equipes, também tenho a intenção sincera em contribuir academicamente para a projeção dos estudos brasileiros no cenário internacional.

Paula Silva
Professor
Departamento de Sociology
Universidade Federal da Bahia

Eu gostaria de declarar o meu interesse em participar do Comitê Executivo da Brasa, cujo mandato se iniciará em julho de 2026. Eu tenho uma grande admiração pela proposta da Associação de Estudos Brasileiros (BRASA) e já participei em várias edições dos congressos, seja apresentando trabalhos, seja em Mesas Redondas. Os temas que eu abordei nestes Congressos expressam bem o que tem sido a minha produção acadêmica e intelectual que trata de racismo e ações afirmativas (2004, Rio de Janeiro; 2010, Brasília), mobilidade estudantil e docente em projetos de cooperação entre Brasil e Estados Unidos (2006, Nashville, onde também realizei o pós-doutorado), gênero e interseccionalidade (2014, Londres; 2016, Providence; 2018, Rio de Janeiro), e lideranças femininas na Capoeira Angola (2008, New Orleans). Nestes três últimos Congressos a minha participação ocorreu em Mesas Redondas, sendo que em New Orleans eu atuei como Coordenadora e a Mesa Redonda foi seguida por uma roda de capoeira com a participação de muitas mulheres, incluindo as apresentadoras. Eu sou Professora Titular do Departamento de Sociologia da Universidade Federal da Bahia e tenho uma longa experiência de atuação institucional na Sociedade Brasileira de Sociologia, onde coordenei de 2013 a 2025 o Comitê de Pesquisa em Sociologia das Relações Étnico-Raciais, e fui parte da diretoria nas gestões de 2023-2024 e 2024-2025. Eu tenho certeza de que nesse momento da minha carreira poderei contribuir muito para a Associação de Estudos Brasileiros a partir destas experiências anteriores de atuação institucional, e das redes transnacionais que tenho construído, em especial, com colegas do Brasil e dos Estados Unidos, mas também de outros países do Sul Global. A minha atuação como ativista antirracista e feminista, e fundadora do Grupo Nzinga de Capoeira Angola, com 30 anos de existência, também enriquecerá a minha atuação na Associação de Estudos Brasileiros (BRASA).

Sheyla Castro Diniz
Pesquisadora e Pesquisadora Colaboradora no
Departmento de História na FFLCH/USP

Sou Professora e Pesquisadora colaboradora no Departamento de História da FFLCH/USP, onde concluí recentemente, com bolsa FAPESP, o projeto pós-doutoral “Metá Metá: o conhecimento sociocultural através da canção contemporânea”. Socióloga e musicista, com mestrado e doutorado pela Unicamp, desenvolvo pesquisas sobre música popular brasileira dos anos 1960 à atualidade, com ênfase nas relações entre música gravada, política, modernismo, juventude, experimentalismo e afro-diáspora. Fui pesquisadora visitante na Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines (França, 2013-2014) e na Tulane University (EUA, 2024-2025). Entre outros trabalhos, sou autora do livro “De Tudo que a Gente Sonhou: Amigos e Canções do Clube da Esquina” (Intermeios/Fapesp, 2017) e da tese “Desbundados e Marginais: MPB e Contracultura nos Anos de Chumbo (1969–1974)”, em revisão para publicação. Na USP, atuo na consolidação da linha de pesquisa “Sociologia da Música” e coordeno o projeto de extensão “Seminários de Escutas e Estudos em Música Popular”.
Associada à BRASA desde 2012, pude estabelecer diálogos com pesquisadores de vários países, acompanhar debates qualificados sobre o Brasil contemporâneo, aperfeiçoar minhas pesquisas e internacionalizar seus resultados. A circulação e visibilidade internacional que os congressos da BRASA propiciam trouxeram ganhos importantes para a minha trajetória acadêmica, o que motiva minha candidatura ao Comitê Executivo, a fim de retribuir e contribuir com iniciativas que fortaleçam os objetivos da Associação. Buscarei promover atividades artístico-culturais nos congressos bienais; estimular oportunidades de financiamentos para a participação de pós-graduandos(as) e pesquisadores(as) brasileiros(as); incentivar a adesão de intelectuais ativistas visando a estreitar teoria e práxis social; prezar pela diversidade racial e de gênero; auxiliar tarefas burocráticas; e ampliar canais de divulgação.
Participarei do congresso em Salvador (2026) e estou entusiasmada com a possibilidade de integrar o Comité Executivo da BRASA para, assim, trabalhar essas propostas e colaborar com a organização dos congressos de 2028 e 2030.

CANDIDATO(A) A UMA VAGA DISPONÍVEL, REPRESENTANTE DOS ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO:

Alejandro Ramirez
Doutorando

Universidade da California, Santa Cruz

Sou doutorando em Estudos Latino-Americanos e Latinos (LALS) na Universidade da Califórnia, Santa Cruz, onde desenvolvo minha pesquisa focada em turismo, globalização e estudos de gênero, com ênfase no Brasil. Recentemente, concluí meu programa de estudos e pesquisa Fulbright, em parceria com a UFBA em Salvador, Bahia, onde examinei a formação de identidade e o estigma em aplicativos de relacionamento voltados para homens que fazem sexo com homens (HSH) e relacionamentos gays. Como representante dos estudantes de pós-graduação, meu objetivo é conectar a nova geração de pesquisadores, como eu, com a comunidade acadêmica consolidada ao redor do mundo. Embora atualmente resida na América do Norte, as conexões que estabeleci durante meu período como bolsista Fulbright permanecem fortes no Brasil. Meu trabalho visa continuar a promover a troca de conhecimento e discussões entre nações e idiomas por meio da tradução de textos e estudos de caso que consideram o mundo digital globalizado. Meu objetivo é adotar uma abordagem que priorize a conexão humana entre pesquisadores, integrando diferentes campos de estudo e trabalho. A BRASA oferece um espaço para que pesquisadores geograficamente distantes possam dialogar além das páginas escritas e construir redes por meio de interações presenciais que os acompanhem de volta para casa. Essas redes são a essência das jornadas e trajetórias acadêmicas, tanto para estudantes quanto para acadêmicos atuantes. As redes colocam seu trabalho em diálogo. Elas desafiam suas ideias e criam espaço para o seu crescimento. Meu principal objetivo como representante dos graduados seria trabalhar em conjunto com a diretoria executiva para priorizar a construção de redes e conexões entre disciplinas, gerações e fronteiras internacionais.

Período Eleitoral:
08 de Dezembro à 19 de Janeiro