Presidente
A Dr.ª Erika Robb Larkins é Diretora do Behner Stiefel Center for Brazilian Studies e Professora Associada de Antropologia e Sociologia na San Diego State University. Recebeu seu doutorado em Antropologia Cultural da University of Wisconsin, Madison e também possui mestrado em Estudos Latino-Americanos pela University of Chicago. Suas pesquisas e ensino se concentram na violência e desigualdade em ambientes urbanos. Seu primeiro livro, The Spectacular Favela: Violence in Modern Brazil (U. California Press, 2015), explora a economia política da violência espetacular em uma das favelas mais famosas do Rio. Um segundo livro, The Sensation of Security: Private Guards and Social Order in Brazil (Cornell 2023), examina como a indústria de segurança privada produz desigualdade urbana. Ela também publicou sobre questões de raça, gênero e política no Brasil, com artigos recentes publicados em American Ethnologist, City and Society, e no Journal for Latin American and Caribbean Anthropology, e em meios de comunicação públicos, incluindo El País e Al Jazeera.
Vice-Presidente
Fabio de Sa e Silva é Professor Associado de Estudos Internacionais e Professor Wick Cary de
Estudos Brasileiros na Universidade de Oklahoma, além de membro afiliado do Center on the Legal Profession da Harvard Law School.
Fabio é autor de destacados estudos sobre direito, advogados e democracia. Seu artigo Da Lava Jato a Bolsonaro examina a “gramática política” produzida e disseminada por procuradores da força tarefa Lava Jato. Esse estudo recebeu ampla cobertura da mídia brasileira e se tornou o mais citado e mais baixado do Journal of Law and Society no ano de 2020. Seu artigo posterior, Consciência Jurídica Relacional e Anticorrupção, mapeia os esquemas culturais coproduzidos nas interações entre os procuradores da Lava Jato e seus seguidores no Facebook. Este estudo foi tema de entrevista de página inteira no jornal Folha de São Paulo e ganhou o prêmio de melhor artigo da Law & Society Association em 2022.
Atualmente, Fabio é um dos coordenadores do Projeto sobre Legalismo Autocrático (PAL), uma rede internacional da Law and Society Association (LSA) que produz pesquisas comparadas sobre como autocratas em ascensão em países como Brasil, Índia e África do Sul usam a lei para acumular poder, e o que pode ser feito para frear tais movimentos. Nessa função, ele também é host do PAL Cast, um podcast no qual entrevista estudiosos(as) em temas de direito e política (anti)democrática.
Fabio também se dedica a construir e fortalecer instituições. Além de codirigir o Centro de
Estudos do Brasil da OU; ele é membro do Comitê Executivo da BRASA e trustee da LSA, turma de 2023. Se eleito para a vice-presidência da BRASA, ele trabalhará para garantir que a Associação continue sendo uma voz influente em temas brasileiros no Brasil e nos EUA; e que a comunidade de brasilianistas ofereça contribuições significativas para a compreensão das questões relacionadas ao Brasil, num momento em que o país tenta retomar uma trajetória de desenvolvimento inclusivo, sustentável e democrático.
Fabio é frequentemente procurado pela mídia para comentar assuntos brasileiros. Suas últimas aparições incluem veículos como BBC News, Washington Post, Radio France International, The Intercept e The World; além de veículos brasileiros como Rede TV, Folha de São Paulo, UOL, The Intercept Brasil, Correio Braziliense e O Globo.
President Anterior
Sidney Chalhoub
Sidney Chalhoub é professor de história e de estudos africanos e afro-americanos na Harvard University. Antes de ir para Harvard, lecionou na UNICAMP por trinta anos. Publicou três livros sobre a história social do Rio de Janeiro: Trabalho, lar e botequim (1986), sobre a cultura da classe trabalhadora no início do século XX; Visões da liberdade (1990), sobre as últimas décadas da escravidão; e Cidade febril (1996), sobre cortiços e epidemias na segunda metade do século XIX. Também publicou Machado de Assis, historiador (2003), sobre a literatura e as idéias políticas de Machado de Assis. Seu último livro individual é A força da escravidão (2012), sobre a escravidão ilegal e a precariedade da liberdade no Brasil do século XIX. Sidney Chalhoub supervisionou 30 teses de doutorado concluídas, 23 dissertacões de mestrado e 29 TCCs e tem muito orgulho de seus ex-alunos. A grande maioria dos que concluíram o doutorado sob sua supervisão agora são professores de universidades públicas em todas as regiões do Brasil.
Kristal Bivona
Bivona é Professora Assistente no Departament off Classics and Humanities e diretora associada do Behner Stiefel Center for Brazilian Studies na San Diego State University, onde idealizou e lançou o programa de bacharelado em Estudos Brasileiros e produz a premiada plataforma de humanidades digitais, o Digital Brazil Project. Ela é curadora do SDSU Brazilian Film Series desde 2020 e fez curadoria do Brazilian Film Series na UCLA em parceria com o Consulado Geral do Brasil em Los Angeles em 2019 e 2020. Antes da SDSU, Bivona lecionou na UCLA como professora bolsista no Departamento de Espanhol e Português e trabalhou no Centro de Estudos Brasileiros. Tem doutorado em línguas e literaturas hispânicas e mestrado em português pela UCLA e outro mestrado em literatura comparada pela Dartmouth College. Sua pesquisa analisa a forma como a cultura visual (incluindo o cinema, as artes visuais, o grafite e a pixação) intervém na memória cultural. O atual projeto de livro de Bivona, “Democracia fora de foco: memória política e cinema brasileiro pós-ditadura”, examina a formação da memória política da mais recente ditadura militar brasileira e o papel da produção audiovisual, lançando luz sobre a forma como o cinema no Brasil contribuiu ou desafiou as memórias e discursos que dominam o imaginário coletivo desde a transição democrática até hoje. Tem artigos publicados em Luso-Brazilian Review, Ciberletras, Memory Studies, e Latin American and Latinx Visual Culture e artigo aceito no Studies in Spanish and Latin American Cinemas.
Vanessa Castañeda
Vanessa Castañeda é Professora Assistente de Estudos Afro-Latino-Americanos em Davidson College, em posição conjunta com Africana Studies e Estudos Latino-Americanos. Ela foi bolsista de pós-doutorado em Estudos Afro-Latino-Americanos em Dartmouth College de 2021 até 2023, após receber seu doutorado em Estudos Latino-Americanos pela Universidade de Tulane. Sua pesquisa foca nas baianas de acarajé, predominantemente mulheres negras idosas, da classe trabalhadora, que são vendedoras ambulantes em Salvador, Brasil. Elas vendem comidas típicas regionais com origem culinária na África Ocidental. Elas também passaram a existir como ícones centrais do turismo de herança africana e figuras culturais da identidade regional e nacional brasileira. Através de metodologias interdisciplinares, como pesquisa de arquivos e vinte meses de etnografia comunitária dentro da Associação Nacional das Baianas (ABAM) e com suas associadas, seu livro em elaboração, provisoriamente intitulado Tabuleiros de Resistência: uma re-conceitualização das Baianas de Acarajé do Brasil reconsidera as baianas—através de sua profissão e advocacia comunitárias—como agentes políticos do feminismo negro para a libertação pessoal e coletiva. Suas publicações incluem o artigo “Mucamas ou Baianas? Black Female Empowerment and Cultural Representation in Bahia” , The Latin Americanist Annals Issue, que recebeu Menção Honrosa do Prémio de Melhor Artigo em Ciências Sociais da Brazilian Studies Association (BRASA). Sua pesquisa tem sido apoiada pela Bolsa de Iniciação (BIS) da BRASA, pela Fundação Tinker e pelo Programa Fulbright dos EUA. Atualmente, ela também é associada ao programa Future of Food da Sociedade de Antropologia da Alimentação e Nutrição (SAFN) da Associação Estadunidense de Antropologia (AAA) e “fellow” do programa Pedagogia da Justiça Racial da Associação para o Estudo da Alimentação e Sociedade (ASFS). Como estudante universitária de primeira geração, Vanessa se compromete muito com a orientação de alunos e com equidade na educação, tendo sido a fundadora do Comité de Apoio aos Estudantes Indocumentados da Universidade de Tulane.
Amy Chazkel
Amy Chazkel é Professora Associada de História e ocupa a Cadeira Bernard Hirschhorn de Estudos Urbanos na Universidade de Columbia. Tanto como membro do corpo docente de História da City University of New York por dezessete anos e agora em Columbia, estive ativamente envolvida em pesquisa, ensino e construção de programas institucionais relacionados à minha bolsa de estudos sobre história brasileira. Embora a cidade do Rio de Janeiro tenha sido o foco de grande parte do meu trabalho, realizei pesquisas em várias partes do Brasil e lecionei na Universidade Federal de Santa Catarina como professora visitante. Meu livro, Laws of Chance: Brazil’s Clandestine Lottery and the Making of Modern Public Life in Brazil (Duke University Press, 2011), um estudo sobre pequenos crimes e cultura urbana no Brasil dos séculos XIX e XX, foi publicado no Brasil como Leis da sorte: O jogo do bicho e a construção da vida pública urbana (Editora da Unicamp, 2014). Outras publicações incluem artigos sobre a história das instituições penais e do jogo ilícito no Brasil moderno, a privatização da propriedade comum em perspectiva global, o toque de recolher do Rio no século XIX, uma coletânea de ensaios sobre museus policiais na América Latina e uma antologia coeditada de fontes primárias desde as origens do Rio até os dias atuais. Sou co-editora de uma edição recente da Radical History Review que explora casos históricos de lugares e tempos sem polícia em todo o mundo. Entre outros projetos em andamento, estou finalizando um livro, Rio de Janeiro and the Politics of Nightfall (a ser lançado pela Oxford University Press), que conta a história da noite urbana com foco no Rio de Janeiro oitocentista. A BRASA tem desempenhado um papel importante na minha vida profissional e intelectual há mais de duas décadas. Como membro do Comitê Executivo da BRASA, eu apoiarei o trabalho da Associação em trazer especialistas no estudo do Brasil em todo o mundo para dialogar entre si, promovendo o campo e expandindo seu alcance e defendendo-nos como um coletivo. Também gostaria de compartilhar o trabalho de programação pública e estaria particularmente interessado em expandir o trabalho da Associação no apoio a acadêmicos e intelectuais públicos em risco no Brasil e em outros lugares, fortalecendo a rede da BRASA além do eixo EUA-Brasil e promovendo a partilha de ideias e recursos.
Paulo Dutra
Meu nome é Paulo Dutra e sou Professor Assistente de Português e Espanhol na Universidade do Novo México, onde atuo como diretor de graduação do departamento de espanhol e português. O rap brasileiro é o foco do meu atual projeto de livro intitulado Reclaiming Blackness in Brazilian rap; no entanto, também me dedico a examinar questões raciais nas obras de Machado de Assis e de poetisas afro-brasileiras contemporâneas. Além de ter publicado artigos sobre os três temas, sou coeditor do próximo número da Machado de Assis em linha, cujo dossiê aborda raça e escravidão em suas obras. No ano passado, trabalhei como consultor da coleção “Todos os livros Machado de Assis” da Editora Todavia, patrocinada pelo Itaú Cultural a ser lançada em breve. Além do meu trabalho como pesquisador, mantenho uma produção ativa como poeta e contista, o que acredito orientar meu trabalho como acadêmico e professor. Meus poemas e contos podem ser encontrados em edições recentes dos Cadernos Negros e em meus dois livros: Aversão oficial: resumida e abliterações, ambos publicados pela editora Malê (Rio de Janeiro). Este último foi semifinalista do Prêmio Oceanos em 2020. Refletindo sobre o meu percurso, gosto de acreditar que sou um efeito colateral de um sistema autolegitimado de representação cultural privilegiada que me levou a tornar-me um estudante universitário não tradicional, um viciado em escrita e leitura de contos, um poeta e um professor/pesquisador para escapar a uma vida dedicada à realização de atividades que alguma máquina poderia facilmente fazer. Se for eleito para o comitê executivo da BRASA, aproveitarei minha experiência como ex-Diretor Executivo da Scolas e como atual membro do comitê executivo da APSA para trabalhar em colaboração com os/as colegas, a fim de promover a troca de ideias que apoiem a missão da Associação.
Seth Garfield
Seth Garfield recebeu seu Ph.D. em História da América Latina pela Universidade de Yale. Atualmente é professor de História na Universidade do Texas em Austin e ex-diretor do Centro Brasil do Instituto Lozano Long de Estudos Latino-Americanos (2018-22) e do Instituto de Estudos Históricos (2013-17). Ele também atua como Editor Associado da Enciclopédia Oxford de História e Cultura Brasileira e Varia História, e Editor Sênior da The Americas. Suas principais áreas de especialização na história brasileira incluem estudos indígenas, história ambiental, migração, fronteiras e história de alimentos e drogas. Garfield é autor de Indigenous Struggle at the Heart of Brazil: State Policy, Frontier Expansion, and the Xavante Indians, 1937-1988 (Duke, 2001), publicado em tradução para o português como A luta indígena no coração do Brasil: política indigenista, a Marcha para o Oeste, e os índios xavante, 1937-1988 (Unesp, 2011). Seu segundo livro, In Search of the Amazon: Brazil, the United States, and the Nature of a Region (Duke, 2014), recebeu Menção Honrosa no Prêmio Bolton-Johnson da American Historical Association’s Conference on Latin American History (2014). Seu livro mais recente, Guaraná: How Brazil Embraced the World’s Most Caffeine-Rich Plant (University of North Carolina Press, 2022), recebeu Menção Honrosa no Prêmio Sergio Buarque de Holanda de Melhor Livro em Ciências Sociais da Seção Brasil da Latin American Studies Association e foi eleito o “Melhor do Mundo” em História das Bebidas pelo Gourmand World Cookbook Awards. Os artigos de Garfield foram publicados na Hispanic American Historical Review, na Revista Brasileira de História e no Journal of Latin American Studies e sua pesquisa recebeu apoio da Comissão Fulbright, do National Endowment for the Humanities e da Mellon Foundation.
Marc Hertzman
Há quase vinte anos, no congresso de 2004 no Rio de Janeiro, a BRASA me ajudou a ingressar no mundo acadêmico. Procuro a eleição para o Comité Executivo como uma pequena forma de retribuir a enorme generosidade intelectual que tenho recebido da organização e dos seus membros. Como doutorando, apresentei meu primeiro trabalho naquele congresso, já tendo me beneficiado da incrível ajuda e gentileza de outras pessoas.Nas últimas duas décadas, muito tem mudado nos mundo acadêmicos brasileiro e norte-americano, mas ambos continuam a funcionar da melhor forma quando vozes diversas são ouvidas e podem se reunir numa conversa intelectual mais ampla e compartilhada.Como representante da BRASA, eu priorizaria iniciativas para trazer novas vozes para essa conversa, algo que tenho priorizado como coeditor da Luso-Brazilian Review, onde ajudei a estabelecer a primeira Emerging Scholars Article Incubator, e como membro do corpo docente, primeiro na Columbia University e, na última década, na University of Illinois, Urbana-Champaign. Minha pesquisa se concentra na diáspora africana no Brasil, e também comecei a pesquisar e escrever sobre a história indígena e africana. Embora seja historiador por formação, meu trabalho envolve múltiplas disciplinas e publico em vários campos, incluindo Etnomusicologia, Estudos Latino-Americanos e Estudos Culturais. Também tenho me beneficiado imensamente do intercâmbio e da colaboração com colegas brasileiros, com quem tenho publicado trabalhos acadêmicos e de divulgação. Embora minha pesquisa inicial tenha sido no Rio de Janeiro, meus projetos recentes e atuais destacam Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte; acredito fortemente na importância de destacar as histórias e as comunidades de todas as partes do Brasil. Sou grato à BRASA por abrir o caminho para mim nas redes universitárias e espero poder contribuir com a associação como seu representante.
Ana Paulina Lee
Ana Paulina Lee é professora associada de Culturas Latino-Americanas e Ibéricas na Universidade de Columbia. Os interesses de pesquisa e ensino de Lee concentram-se nas interseções entre estudos literários, economia política e direito. Ela adota uma abordagem de estudos culturais para abordar raça, gênero, nação e cidadania. Sua pesquisa se concentra nas conexões do Brasil e da Ásia. Lee recebeu um PhD em Literatura Comparada pela University of Southern California e foi um Mellon Postdoctoral Fellow no Stone Center for Latin American Studies da Tulane University em Nova Orleans, Louisiana.
Okezi Otovo
Dr. Okezi T. Otovo, Professora Associada de História e Estudos da Diáspora Africana e Africana na Florida International University em Miami. Meus interesses de pesquisa se concentram na história social brasileira moderna e na história social da medicina, especificamente os povos afrodescendentes e as políticas de gênero e cidadania no século XX. Meu livro Progressive Mothers, Better Babies: Race, Public Health, and the State in Brazil, 1850-1945 (University of Texas Press, 2016) analisa a ascensão do movimento maternalista no Brasil como reação aos discursos internacionais sobre saúde e progresso como bem como as preocupações locais sobre a desconstrução da escravidão. Ele conecta a história da mudança de idéias culturais, intelectuais e médicas sobre mães e filhos às experiências reais de famílias pobres de cor em instituições recém-formadas dedicadas à saúde pública e bem-estar social. Dentro da profissão, atuei como Presidente da trilha Saúde e Sociedade da Associação de Estudos Latino-Americanos e Presidente da Seção do Comitê de Estudos Brasileiros da Conferência sobre História da América Latina. De Miami, lidero vários projetos importantes de pesquisa e advocacia comunitária sobre saúde materna negra na Flórida, incluindo “The Black Mothers Care Plan: Reducing Racial Bias and Supporting Maternal and Infant Health”, “From Moments to Movements: Story-Telling as Epistemologia na Saúde Materna Negra” e “Perspectivas sobre Maternidade e Saúde Negra”. Como alguém que mudou cada vez mais para o trabalho focado nos EUA nos últimos anos, estou ansioso para pensar em maneiras criativas pelas quais a BRASA pode incentivar a pesquisa e o engajamento transnacional. Do meu ponto de vista particular, espero contribuir para conversas muito necessárias sobre como a experiência e a inspiração das humanidades podem ser colocadas no serviço público.
Ana Paula Alves Ribeiro
Antropóloga, Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF – Pedagogia, Departamento de Formação de Professores/UERJ), do Programa de Pós-Graduação em História da Arte (PPGHA/UERJ) e do Programa de Pós-Graduação em Culturas e Territorialidade (PPCULT/UFF). Bolsista do Programa de Incentivo à Produção Científica, Técnica e Artística, o PROCIÊNCIA/UERJ, é pesquisadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB/UERJ, desde 2006), coordenadora do Programa de Extensão Museu Afrodigital Rio de Janeiro (UERJ, 2019 – ), também fazendo parte do seu conselho curador e de redação, assim como do Laboratório de Experimentações Artísticas e Reflexões Criativas sobre Cidades, Saúde e Educação (LEARCC, UERJ & Fiocruz, 2016 – ). Atua também com curadoria e educativo de cinema e artes visuais, tendo sido uma das curadoras do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul Brasil, África, Caribe e Outras Diásporas em 2020 e 2021. Faz parte do Conselho Curatorial e Editorial da Coordenadoria de Exposições da UERJ (COEXPA), onde vem desenvolvendo desde 2022 curadorias coletivas para as galerias da universidade. Tem experiência nas áreas de Antropologia (do Cinema, Visual, Urbana e das Populações Afro-brasileiras) e Metodologia da Pesquisa. Pesquisa, ensina e orienta os seguintes temas: Imagens das Cidades (Fotografias, Arte Pública, Arte Urbana, Performances), Cinema e Cidade, Cinema Negro, Museus Negros, Museus Afro-digitais, Cultura afro-brasileira, Políticas Públicas e Relações étnico-raciais e Educação. Colabora com Associações desde 2006, tendo feito parte da Seção Brasil, da Latin American Studies Association/LASA (2006-2009), assim como da Associação Brasileira de Antropologia (ABA, desde 2012), na qual participou de três gestões do Comitê de Antropologia Visual (CAV). Participando da Brasa desde 2002, gostaria de trabalhar em prol da Associação e promover seus congressos e as possibilidades de interlocução entre colegas.
Flavia Rios
Flavia Rios (Ph.D, USP, 2014) é professora de Sociologia na Universidade Federal Fluminense (UFF), Brasil. Foi Aluna Visitante e Colaborador de Pesquisa (VSRC) no Departamento de Sociologia da Universidade de Princeton (2013). O professor Rios é pesquisadora do Afro/CEBRAP. Atualmente, coordena o projeto Gestão da Igualdade Racial na cidade de Niterói. Flavia é membro da Latin American Studies Association (LASA), da The Brazilian Studies Association (BRASA), da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Ciências Sociais (ANPOCS) e da Associação Brasileira de Sociologia (SBS). Seus principais interesses são Movimentos Sociais, Desigualdades de gênero e raça, Democracia e representação política, Estado e Formação Racial, Teorias da Intersecção e Feminismo Negro, Antirracismo, Brasil e América Latina. Escreveu e co-organizou três livros: Lélia Gonzalez (Summus, 2010); Negros nas cidades brasileiras (Intermeios, 2018) e Por um feminismo afro-latino-americano (ZAHAR, 2020). A BRASA é uma associação fundamental para a formação de redes científicas e encontros acadêmicos entre pesquisadores brasileiros e especialistas no Brasil. O BRASA é um espaço de troca de conhecimentos, metodologias e experiências de pesquisa. A Associação de Estudos Brasileiros pode tornar cada vez mais um ambiente de estímulo intelectual e parcerias entre pesquisadores interessados nas questões brasileiras, especialmente nas temáticas de gênero, raça e desigualdades de classe
Aldair Rodrigues
Sou de Minas Gerais e moro em São Paulo, Brasil. Eu tenho um Ph.D. em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e desde 2016 sou professor assistente do departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Também sou diretor do Arquivo Edgard Leuenroth. Nos Estados Unidos fiz pós-doutorado em Estudos Latino-Americanos na Yale University (2014-2015), onde coordenei o Brazil Lecture Series com o apoio do Yale Brazil Club. Conseguimos fomentar uma comunidade interdisciplinar de diferentes nacionalidades e origens para socializar e discutir múltiplos aspectos da sociedade brasileira. Em 2019 tive a oportunidade de ser bolsista visitante no programa de Estudos Africanos da Northwestern University (2019) para desenvolver meu projeto atual sobre o Brasil e a diáspora africana e interagir com uma comunidade vibrante de acadêmicos de diferentes partes do mundo. Foi também uma ótima oportunidade para conhecer estudiosos do Centro-Oeste. Com base nesses anos de experiência, aqui estão meus objetivos para a BRASA: 1) Promover a visibilidade de estudos que representem a diversidade social e étnica de seus afiliados. 2) Manter a rede BRASA ativa e vibrante no ambiente digital durante todo o ano para fortalecer sua relevância além do evento anual. 3) Ampliar o número de sócios através da divulgação em áreas ainda pouco representadas na associação.
Livio Sansone
Livio Sansone (Palermo, Itália, 1956) obteve seu doutorado na Universidade de Amsterdã e vive no Brasil desde 1992, onde é professor titular de antropologia na Universidade Federal da Bahia (UFBA). É o coordenador da Fábrica de Ideias – um curso internacional avançado em estudos étnicos e africanos – e coordena o Museu Digital do Patrimônio Africano e Afro-Brasileiro. Seu livro mais conhecido em inglês é Blackness Without Ethnicity. Creating Race in Brazil (Nova York: Palgrave, 2003). Seus artigos em inglês estão disponíveis nas revistas on-line Vibrant, Codesria Bulletin, História, Ciências, Saúde, Berose e Rockefeller Archive Center Research Reports. Seus livros mais recentes são La Galassia Lombroso, África e l’ América Latina (2022, Laterza, Itália) e Field Station Bahia. Lorenzo Dow Turner, E. Franklin Frazier, Frances e Melville Herskovits and Brazil – 1935-1967 (2023, Brill, Leiden) – ambos estão sendo publicados em português em 2023 pela EDUNICAMP. Nos últimos anos, sua pesquisa tem sido sobre a circulação de ideias de raça e emancipação entre o sul da Europa, a África e a América Latina, a construção transnacional da antropologia afro-brasileira na década de 1940 e o nacionalismo cosmopolita do líder da independência de Moçambique, Eduardo Mondlane. Ele é membro do Africa Multiple Program da Universidade de Bayreuth, Alemanha. Livio planeja ajudar a organizar o Congresso BRASA de 2026 na UFBA e realizar dentro desse congresso (na verdade, imediatamente após) uma sessão especial da escola de doutorado Fábrica de Ideias dedicada a uma reflexão crítica sobre a formação de brasilianistas e, de modo mais geral, as vantagens e desvantagens de um enfoque nacional (muitas vezes construído de fora ou de forma transnacional) em um contexto em que a perspectiva Sul-Sul, especialmente em relação à África e ao resto da América Latina, está ganhando cada vez mais atenção.
Rebecca Tarlau
Sou Professora Associada de Educação e Relações de Trabalho e Emprego na Universidade Estadual da Pensilvânia. Meu primeiro contato com o Brasil foi na graduação, quando tive a oportunidade de trabalhar com uma organização feminista em Recife usando a educação popular freireana em seus esforços de organização comunitária. Fiz pós-graduação para aprender mais sobre como os movimentos sociais incorporaram a educação em suas lutas por justiça social. Meu livro Occupying Schools, Occupying Land: How the Landless Workers Movement Transformed Brazilian Education (Oxford University Press 2019) ganhou cinco prêmios de livros, incluindo o LASA Brazil Section Best Book in the Social Sciences e o BRASA Robert Reis Book Award. Com base em 20 meses de pesquisa etnográfica, o livro explora como ativistas do MST vincularam a reforma educacional à sua visão de reforma agrária. Também fiz pesquisas sobre o papel das organizações filantrópicas na formação da educação brasileira e a dinâmica interna dos sindicatos de professores brasileiros. Publiquei minha pesquisa em vários periódicos de educação e sociologia política, incluindo o Journal of Education Policy, Currículo sem Fronteira, Teachers College Record, Comparative Education Review, Educação e Sociedade, Mobilization, Journal of Peasant Studies, Educational Theory e o Revista de Estudos do Trabalho. Estou animada com a oportunidade de fazer parte do Comitê Executivo da BRASA e me envolver mais com a sociedade. Promoverei a participação nas conferências anuais de estudantes e professores de ciências humanas e sociais. Eu também quero ver a BRASA destacar a produção de conhecimento de ativistas brasileiros, facilitando apresentações comunitárias sobre temas sociais, culturais e políticos relevantes. Por fim, acredito que a BRASA deve ter um papel de vinculação da teoria à prática, tomando posições, quando for o caso, sobre questões políticas brasileiras relevantes e apoiadas por pesquisas acadêmicas.
Carolina Helena Timóteo de Oliveira
Carolina Helena Timóteo de Oliveira concluiu sua graduação em inglês na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Enquanto trabalhava em sua graduação, Carolina desenvolveu pesquisas sobre novas alfabetizações e alfabetização crítica em livros didáticos de inglês. Ela atuou por sete anos como professora de português e inglês antes de concluir seu mestrado em estudos latino-americanos na University of North Carolina em Charlotte. Sua dissertação de mestrado se intitula “Afro-Brazilian Culture as a Means of Transformation: Spaces, Business and Political Participation in Belo Horizonte, Brazil” e investiga como o hip-hop brasileiro pode desafiar padrões sociais e construir novas realidades. Na UNC Charlotte, Carolina ministrou cursos de Português como Língua Estrangeira e de História e Cultura Afro-Brasileira para estudantes de graduação. Além disso, Carolina participou de pesquisas etnográficas sobre dinâmica social e racial em uma comunidade em processo de gentrificação em Charlotte, Carolina do Norte. Atualmente, Carolina está fazendo doutorado em estudos latino-americanos no Roger Thayer Stone Center for Latin American Studies na Tulane University e faz parte do Mellon Graduate Program in Community Engaged Scholarship. Carolina está desenvolvendo um projeto sobre identidades, recursos terapêuticos e estratégias de empoderamento com negros e LGBT+ em Belo Horizonte, Brasil. Além disso, conduz pesquisas com uma abordagem etnomusicológica sobre a relação entre o candomblé e a arte afro-brasileira, a dinâmica entre ritmos afro-diaspóricos, construções identitárias e noções de cidadania.
Rubia Valente
Sou professora assistente na Marxe School of Public and International Affairs do Baruch College (CUNY). Antes de ingressar na Baruch, fiz pós-doutorado na Universidade do Texas em Dallas, onde completei meu doutorado em Políticas Públicas e Economia Política, e professora visitante do Programa de Estudos Latinos da Universidade de Princeton. Nascido em São Paulo, Brasil, minha família imigrou para os Estados Unidos quando eu estava no ensino médio. Minha pesquisa busca produzir investigações científicas que meçam e avaliem políticas e práticas públicas, com foco na compreensão de questões sociais relacionadas ao desenvolvimento econômico, político e social. Em seu nível mais amplo, meu trabalho aplica métodos quantitativos avançados e teoria socioeconômica para investigar o impacto de políticas em grupos sub-representados e marginalizados, fornecendo suporte empírico para a formulação de políticas que abordem as desigualdades socioeconômicas devido à raça, classe e gênero nas áreas social, política, educacional, e instituições religiosas
Claudia B. de Brito
Diretora Administrativa
Natural de Niterói, RJ, Claudia de Brito vive na área da Grande Nova Orleans desde 1993. Ela é Secretária Executiva do Departamento de Espanhol e Português da Tulane University, onde trabalha desde 2000. É formada em Computer Technology da Delgado Community College em 2000, bacharel em Ciências da Computação pela Tulane University em 2006 e Mestrado em Artes Liberais em 2023. Claudia de Brito é uma Intérprete Jurídica Certificada pelo Supremo Tribunal da Louisiana e uma Intérprete Médica Certificada de Português.
Christopher Dunn
Diretor Executivo
Christopher Dunn é Professor e Diretor do Departamento de Espanhol e Português da Tulane University. Ele recebeu seu Ph.D. em estudos luso-brasileiros da Brown University em 1996, no mesmo ano em que se uniu ao corpo docente da Tulane. Ele também faz parte do Africana Studies Program e é um membro central do Stone Center for Latin American Studies. Sua pesquisa se concentra em políticas culturais durante o período da ditadura, raça e nacionalidade, música popular e cultura negra no Brasil. É autor de Brutality Garden: Tropicália and the Emergence of a Brazilian Counterculture (2001) e Contracultura: Alternative Arts and Social Transformation in Authoritarian Brazil (2016), ambos publicados pela University of North Carolina Press. Contracultura foi co-vencedor do Prêmio BRASA Roberto Reis Book em 2018. É co-editor com Charles Perrone de Brazilian Popular Music and Globalization (Routledge, 2001) e co-editor com Idelber Avelar de Brazilian Popular Music and Citizenship (Duke UP , 2011). Atualmente, está escrevendo um livro intitulado “Stray Dog in the Milky Way: Tom Zé and Brazilian Popular Music”.